O papel do professor na formação
Formação continuada dentro da escola
Tempo para que os professores estudem. Um bom planejamento dos horários de trabalho coletivo. A presença de um formador que tenha a confiança e o respeito da equipe. Todos esses elementos fazem parte do que se chama de formação continuada - ou em serviço. Embora algumas redes ofereçam essa capacitação para os docentes, o melhor espaço para colocá-la em prática é na própria escola, sob o comando do coordenador pedagógico.
Contudo, um estudo realizado pela Fundação Victor Civita em 2009 sobre as práticas eficazes de gestão escolar mostrou que, muitas vezes, a formação em serviço não passa de ficção. Das 14 reuniões acompanhadas pelos pesquisadores, apenas quatro tinham a pauta baseada em problemas de aprendizagem - e, mesmo assim, não se aprofundaram nas didáticas específicas. NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR ouviu os especialistas e concluiu que há cinco aspectos essenciais para que a formação continuada aconteça e traga um bom resultado:
- Tempo: Os horários de trabalho coletivo devem ser predefinidos, com duração suficiente para o desenvolvimento de estratégias formativas.
- Organização da rotina: O dia a dia do coordenador deve priorizar o planejamento das reuniões formativas e as atividades como observação das aulas, seleção de referências teóricas e análise dos registros da prática dos professores para que os encontros reflitam as necessidades dos docentes.
- Conhecimento: Para bem utilizar o horário do trabalho pedagógico, é preciso que o coordenador cuide da própria formação, estudando as novas didáticas e as teorias que embasam a prática docente.
- Tato pedagógico: É como se denomina a junção de três capacidades: a de saber ouvir, se comunicar e se relacionar - fundamentais para estabelecer uma relação de confiança e respeito com a equipe.
- Transformação da prática: A formação será tão eficiente quanto mais ela levar os professores a repensar e transformar sua maneira de ensinar para fazer com que todos os alunos aprendam.
Para a coordenadora pedagógica da Fundação Victor Civita, Regina Scarpa, a definição do piso nacional para os professores e a ampliação do tempo de trabalho extraclasse trazem à tona o debate sobre o papel do educador. "Que tipo de profissional queremos? Se o desafio da Educação brasileira é produzir qualidade e não só quantidade, precisamos ter muito claros o perfil e as atribuições dos professores", afirma. "Esse debate envolve, principalmente, salário, formação inicial e formação continuada, ou seja, quanto tempo ele tem para planejar e avaliar o processo de ensino e aprendizagem."
Débora Rana diz que também falta clareza sobre o papel do coordenador pedagógico nas escolas públicas do país. "O professor que faz uma escola de qualidade não pode ser um 'aplicador de atividades'. Ele precisa conhecer a turma, aquilo que ele quer ensinar e como vai fazer isso na prática, sabendo que, na classe, ninguém aprende da mesma maneira. Já o coordenador tem de ir além da orientação. Ele deve conhecer e acompanhar cada professor e, na medida do possível, cada criança. É seu papel vivenciar a sala de aula, observando, analisando e sugerindo intervenções."
Segundo Débora, é essa falta de clareza nas atribuições que leva ao insucesso de muitas tentativas de aproveitamento do horário extraclasse e de ações formativas na escola. "Há uma tendência de culpar o professor pela má utilização do tempo de trabalho fora da sala de aula. Muitas vezes, não é preguiça ou má vontade, mas falta de uma proposta organizada de reflexão sobre a prática. Aí, naturalmente, esse tempo fica sem sentido e os professores se vêem sozinhos", diz.
A coordenadora de pesquisas da Fundação Carlos Chagas, Bernardete Gatti, também acredita que, sem planejamento, a atividade extraclasse acaba desviada para outras funções. "A imensa maioria dos professores é formada por mulheres que, além de enfrentar muitas vezes a jornada dupla de trabalho, têm de cuidar de casa. Então, não é raro que o horário de planejamento acabe virando uma brecha para cuidar de afazeres domésticos."
(Fonte: http://revistaescola.abril.com.br)
Congresso nacional de educação, EDUCERE, expõe artigo com base na pesquisa final do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia- Uneb, abordando as atividades do coordenador pedagógico na formação de professores das instituições publicas. Vale a pena refletir!
Confira: http://educere.bruc.com.br/ANAIS2013/pdf/7784_4358.pdf
O MEC, Ministério da Educação e Cultura, oferta cursos pelos sistemas publicos de ensino e apoia projetos para formação de futuros docentes, bem como, dos que estão em exercício profissional.
Acesse o site e confira: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/cursos.html
EDUCERE
MEC oferta cursos gratuitos de prodocência e pró-licenciatura, com apoio de universidades publicas.
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